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Stranger Things - 1ª Temporada
Essa é uma das maiores nostalgias de todos os tempos. Lembro-me como se fosse hoje: no dia 15 de julho de 2016, entrou no catálogo da Netflix uma série sobre a qual praticamente não tínhamos recebido nada de material prévio nenhum trailer ou notícia sobre a produção e a concepção desta temporada. Foi lançado o fenômeno. Todo o mundo parou para contemplar o desaparecimento de Will Byers. Deparamo-nos com um dos materiais mais originais (porém cheios de referências) dos últimos tempos. Se o seu final neste ano for promissor, já poderemos considerar Stranger Things o “Harry Potter” da televisão, por causa do seu nível de repercussão.
A primeira temporada de Stranger Things se passa na pequena cidade fictícia de Hawkins, Indiana, no início dos anos 1980. A história começa com o misterioso desaparecimento de Will Byers, um garoto de 12 anos. Enquanto sua mãe, Joyce, desesperadamente tenta encontrá-lo e acredita que ele está tentando se comunicar por meio das luzes da casa, o chefe de polícia Jim Hopper inicia uma investigação oficial. Paralelamente, os amigos de Will, Mike, Dustin e Lucas saem à sua procura e acabam encontrando uma menina estranha, com a cabeça raspada e poderes telecinéticos, que só sabe dizer seu nome: Eleven (ou Onze). Logo eles descobrem que ela escapou de um laboratório secreto do governo, o Laboratório Nacional de Hawkins, onde eram feitos experimentos com fenômenos sobrenaturais.
O que temos aqui é um material pra lá de bem planejado, uma introdução praticamente perfeita. A primeira temporada consegue fundamentar bem seus personagens ao mesmo tempo em que levanta mistérios promissores para as próximas temporadas. E nada disso seria possível sem uma escolha de cast impecável dos irmãos Matt e Ross Duffer. Eles passaram meses e meses realizando testes, e tudo valeu a pena, porque cada personagem combinou perfeitamente com seu ator. A arte precisa de tempo essa é uma verdade que descrevo bastante em minhas críticas. Por que a primeira temporada é tão redonda? Porque houve tempo para criá-la, tempo de desenvolvimento e um trabalho de pesquisa admirável.
Stranger Things já começa de forma tão promissora porque, em nenhum momento, camuflou a sua ousadia de se provar como algo memorável. Matt e Ross Duffer sabiam o que tinham em mãos e como desenvolver essa trama de forma introdutória. Também precisamos exaltar sua montagem: a edição e o ritmo acelerado com que os eventos se desenvolvem são um mérito muito plausível da Netflix. A primeira temporada sempre será um marco na história da cultura pop e merece o nosso tremendo respeito. Essa série é o primeiro grande fenômeno da Netflix, e 2016 é o grande ano dessa empresa.
Joinhas:
5
Por:
@eduardomontarroyos