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Smurfs
Desde o “Homem-Aranha no Aranhaverso” tivemos uma revolução cinematográfica quando o assunto é ‘animação’. Essa junção do 3D com o 2D revela o que há de melhor nessa tecnologia atualmente. A nova aventura dos “Smurfs” surfa nesta mesma onda. Não podemos negar que o “Aranhaverso” é o nosso grande marco para que isso aconteça, este longa é a prova viva disso. O mesmo artifício em migrar para vários estilos de animações apenas em uma cena marcante é característico da animação do ‘Homem-Aranha’. Por isso que eu faço questão de citá-lo em praticamente todas as minhas críticas ao mencionar essa revolucionária estratégia.
Uma nova aventura transporta os smurfs para o mundo real. Nesse novo filme animado das mais adoráveis criaturas azuis, Papai Smurf é raptado pelos irmãos e bruxos malvados Razamel e Gargamel. Com a vila em perigo, Smurfette lidera os smurfs numa missão para o mundo real com o intuito de salvar o Papai Smurf. Lá, eles encontram Ken, o irmão de Papai Smurf, além de novos aliados e amigos que os ajudam a organizar um plano infalível contra os feiticeiros.
Por incrível que parece esse filme é cheio de subtramas, e todas elas funcionam bem dentro do roteiro. Enquanto que os primeiros longas do ‘Smurfs’ focavam mais em interação de figuras de “CGI” com atores reais (no melhor estilho ‘Sonic’) agora temos uma história que abraça quase cem por cento a animação. O mundo real está apenas para servir como cenário (um plano de fundo), talvez porque, em algumas cenas, ficaria mais fácil trabalhar desse jeito, mas tal artifício não atrapalha a riqueza de produção que o longa possui. O roteiro é bastante voltado para um público infantil, sem deixar espaço para os adultos se divertirem na mesma ou até em pouca medida. Nos divertimos porque os nossos filhos se divertiram e não porque engajamos na história.
Apesar de “apostar no certo” os ‘Smurfs’ são uma boa opção para as férias das crianças. Seu roteiro é bastante previsível e sem grandes reviravoltas, mas a marca “Smurf” não necessita de inovações para que funcione. Pelo trailer já percebemos que sua proposta é visivelmente não se arriscar, ‘mirando’ apenas com as crianças. Minha surpresa encontra-se apenas no final quando, em um certo diálogo, dá-se espaço para “palavrões” (esses termos até foram abafados de uma forma criativa), tal abertura no roteiro, de certo modo, me espantou. Acho que eles ‘passaram da linha’ nisso, foi uma decisão desnecessária. É claro que isso, infelizmente, não chega nem aos pés do que as crianças se deparam na internet hoje em dia, entretanto acho que isso não cabia nesta trama.
Joinhas:
3
Por:
@eduardomontarroyos