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Crítica:
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Pinguim
Pinguim chegou com tudo! Apesar de muitos alegarem qual a necessidade da série, após contemplarmos apenas os três primeiros episódios já entendemos o quanto ela é necessária para esse novo universo do Batman na Warner. É engraçado pensar que em 2024 o mundo passaria a admirar mais o pinguim como vilão do que o Coringa, aquele que era, até então, o maior antagonista do homem-morcego. Uma das melhores notícias da série é que o roteiro estabelece o seu protagonista como um vilão clássico, extrema e puramente mau e egoísta. E por que essa é uma boa notícia? Porque vilões são maus e assim deve ser.
A beleza e o trunfo de uma série de oito episódios é que, se o roteiro for bem escrito, todos os personagens poderão ser bem desenvolvidos, essa é a grande questão em “Pinguim”, não temos apenas a ascensão desse grande vilão, mas todos os seus coadjuvantes e sua rival são muito bem escritos. Vale a pena acompanha-los e todos os flashbacks são bem montados na trama e de forma alguma estão ali apenas para completarem a grade de episódios. A relação dele com sua mãe pode parecer um pouco massivo no começo, mas termina virando o tema central da temporada e a forma como tudo acontece envolvendo esse relacionamento é maestral.
Minha única crítica a série é a ambientação, sinto que a HBO não investiu tanto em produção. Seus cenários são bem (em minha opinião) improvisados. Não vemos a Gotham dos filmes e sim, no máximo a Gotham da última série da “Fox”. Visivelmente, para deixar tudo mais “sombrio” o máximo que temos são filtros na própria edição e não na ambientação em si, algo que visivelmente é mais caro, mas que se torna muito melhor, nisso a série deixa a desejar. Nada, claro, que atrapalhe a nossa imersão na história. Mas ainda assim, um roteiro tão glamoroso deveria acompanhar uma produção mais bem investida.
Por fim, não posso concluir em ressaltar a maquiagem em “Colin Farrel”, não consigo pensar em algo mais icônico na história do cinema (talvez o Coringa do universo Nolan), simplesmente não conseguimos reconhecer o ator em nenhuma cena, apenas no olhar e ainda assim com muito dificuldade. Essa maquiagem precisa ganhar, pelo menos, um Grammy, não tem para ninguém, acho que nada chamou mais a minha atenção em termos de caracterização de um personagem do que isso. As atuações de “Farrel”, “Cristin Milioti”, “Rhenzy Feliz” e “Deirdre O'Connell” são grandiosas, todos eles roubam a cena, quando contracenam juntos é uma verdadeira guerra de atuação. A escolha de Cast dessa série é muito bem trabalhada. Existem rumores de uma possível continuação, e também de séries derivadas para o Comissário Gordon e Selina Kyle, eu antes duvidava da relevância de uma história tão longa para esses personagens, mas depois do que Matt Reeves fez com essa série, de uma forma feliz eu calo a minha boca e deixo o homem trabalhar.
Joinhas:
4
Por:
@eduardomontarroyos