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Pecadores (Eduardo Montarroyos)
Essa é uma triste verdade: “A genialidade anda muito ligada a loucura”. Quando surge uma grande ideia, algo diferente, isso pode dar muito certo ou muito errado. Enfim, a genialidade também “namora” com o absurdo. “Pecadores” narra uma história, em si, absurda, e flerta com a genialidade, tenta ao máximo ser uma obra cinematográfica inovadora, mas, no fundo, nos fornece um grande amontoado de “clichês”.
Em Pecadores, Michael B. Jordan interpreta irmãos gêmeos que voltam à sua cidade natal com o objetivo de reconstruir a vida e apagar um passado conturbado. Esses acontecimentos, porém, voltam a atormentá-los quando uma força maligna passa a persegui-los, trazendo para a superfície medos e traumas. Esse mal busca tomar conta da cidade e de todos os cidadãos, obrigando-os a lutar para sobreviver. Mais do que contornar os demônios dominadores e famintos por poder (e sangue), Smoke e Stack (Michael B. Jordan) terão que lidar com as lendas e os mitos ameaçadores que podem estar por trás desse terror. Dirigido por Ryan Coogler (mesmo realizador de Pantera Negra e Creed) numa parceria já consagrada com Michael B. Jordan, Pecadores traz um thriller intenso com elementos sobrenaturais numa história repleta de mistérios.
Acho que um dos grandes problemas dessa história está na equivocada campanha de “Marketing” em que ela foi construída. Temos um ‘trailer’ que revela absolutamente tudo do filme, a própria dupla (Coogler e Jordan) sozinho, já iriam chamar as pessoas para o cinema, sem precisar de tantas revelações na trama, a grande subversão no roteiro é revelada em todos os materiais de divulgação. Não se fazem mais filmes com “Drink no Inferno”, por exemplo, quando nem imaginávamos aquele final bastante inusitado. O simples fato de sabermos que a história já é uma grande lenda urbana sobre vampiros, tira todo o “glamour” do longa.
Sem contar na onda de “clichês”: Todas as decisões mais lógicas são apresentadas nas cenas de tensão. O CGI é simplesmente muito mal aplicado, isso nos desconecta com o filme de forma não natural. Há uma desesperada tentativa de Coogler em tornar esse trabalho o mais épico possível, suas transições possuem acordes na trilha sonora bastante desnecessários. A grande percepção em fazer com que sintamos falta dos outros personagens é bem apelativa. Em minha opinião, a tentativa de “genialidade” passou longe em cada escolha desse novo trabalho.
Joinhas:
2
Por:
@eduardo montarroyos