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Crítica:

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O Ritual

Quando olhamos para um cartaz e o filme é de terror, baseado em eventos reais, com Al Pacino no elenco e intitulado “O Ritual”, tudo isso já nos desperta uma curiosidade muito grande. “Al Pacino” mostra que está longe da aposentadoria interpretando um personagem que foi praticamente escrito para ele atuar. Esse é um dos eventos mais polêmicos envolvendo possessões com a Igreja Católica e toda a sua história inspirou simplesmente o roteiro de um dos maiores clássicos do cinema: “O Exorcista”.

Baseado em uma história real, O Ritual é um filme de terror envolvendo dois padres, que vivem ao mesmo tempo momentos complicados de suas vidas. Enquanto um, passa a questionar a verdade em sua fé, o outro precisa lidar com as consequências de um passado extremamente conturbado. No entanto, apesar de suas diferenças e conflitos, quando uma jovem é possuída por um forte demônio, eles precisarão deixar suas insatisfações um com o outro de lado e focar em todo o seu tempo tentando salvar a garota. Contando com uma arriscada sequência de exorcismo, o tempo passa e a igreja precisa correr para expulsar o inimigo do lugar sagrado e trazer a menina de volta à vida real.

É impossível assistir ao longa e não lembrar do filme “O Ritual” de 2011 (com ‘Anthony Hopkins’). E já adianto a vocês que esse filme é praticamente um ‘remake’ deste anterior, com pouquíssimas diferenças, principalmente no terceiro ato, mas é inevitável que “David Midell” não tenha “bebido dessa fonto”. Temos algumas referências do próprio “O Exorcista” no qual é a base para todos os filmes desse gênero. Tenho grandes problemas com a forma em que são filmadas as cenas dos rituais em si, a câmera é muito fechada, isso nos deixa um pouco claustrofóbicos. Talvez seja proposital, para captar mais a atuação dos personagens, entretanto, temos, em pouquíssimos momentos, um plano mais aberto e isso evita entendermos o que está acontecendo em cena. Eu assisti numa sessão onde a tela era enorme, uma das maiores da minha cidade e ainda assim fiquei confuso em algumas vezes, ou seja, a culpa é das escolhas de direção e fotografia.

“Al Pacino” brilha no filme, tenho a impressão de que ele já atua apenas para se divertir, é incrível perceber como ele está à vontade para executar o seu papel, isso também revela um pouco da sua versatilidade. ‘Dan Stevens’ e ‘Ashley Greene’ nos mostram boas atuações, mas nada tão ‘memorável’. ‘Abigail Cowen’ está muito bem, até porque não é fácil para nenhum ator ou atriz interpretar pessoas possessas por demônios, esse é um desafio para qualquer um deles. Um dos pontos mais positivos está na objetividade do filme, o longa é rápido e sucinto, mas é inevitável vermos o baixo orçamento deste trabalho. Talvez um pouco mais de investimento, até na pós-produção, em muitas cenas percebi o longa claro demais, talvez um filtro mais escuro poderia ajudar a manter o clima de terror, tão necessário em filmes do gênero.

Joinhas:

3

Por:

@eduardomontarroyos

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