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Nosferatu (Por Eduardo Montarroyos)
Finalmente conseguimos contemplar o “Nosferatu” de Robert Eggers, um dos diretores mais bem conceituados da atualidade. Aqui o seu trabalho não é diferente, a direção está impecável. Esse conto, em que não considero fácil de ser adaptado, é apresentado com grande maestria. Técnicas de filme de “horror” da própria década de vinte, fazendo homenagens significativas ao filme original, mas também trazendo elementos novos dignos de Oscar. Uma pena que o filme não tenha entrado para o circuito de premiações, e também é triste como a Academia não valoriza tanto longas desse gênero.
O enredo de Nosferatu passa-se na Alemanha em 1838 e segue a história de Thomas Hutter e da sua mulher Ellen. Hutter é enviado em negócios para as montanhas da Transilvânia, nos Cárpatos. Está ali para fazer negócios com o conde Orlok, um nobre doente que quer comprar uma nova casa no bairro de Hutter, a propriedade Grunewald Manor. Thomas faz a viagem, deixando Ellen com a sua melhor amiga grávida, Anna Harding, o seu marido Friedrich e as suas duas filhas.
Sua forma de filmar é bastante peculiar, a ideia de enquadrar o longa e nos mostrar uma resolução de tela arcaica (quadrada) me lembra a falta de necessidade no melhor estilo Zack Snyder em sua versão da “Liga da Justiça”. Essa não foi uma boa estratégia para passar originalidade. Sou daqueles que, se é para ir ao cinema merecemos a tela por completo. Entretanto isso não ofusca o “brilho” da história. Apesar da longa duração temos um filme bastante dinâmico e muito bem editado. Sua montagem é impecável e sem nenhum remorso por descartar personagens importantes.
Temos um elenco formidável, principalmente ‘Bill Skarsgård’ que mais uma vez nos entrega uma excelente atuação. Todas as vezes que víamos “Orlok” em tela, sua imponência e artimanhas vocais se sobressaiam. ‘Lily-Rose Depp’ entrega um verdadeiro show de atuação, ela está cada vez melhor e aqui segura o seu protagonismo como ninguém. ‘Nicholas Hoult’ prova ser um ator muito competente, embora eu prefira-o sempre nesses papeis de “mocinho”. Vai ser complicado (pelo menos para mim) ver o ator como o vilão “Lex Luthor” em 2025, espero que ele nos mostre algo novo. O enredo é muito bem alebadora e o roteiro está impecável, Eggers nos entrega um dos melhores trabalho desse novo ano, já começamos 2025 com boas expectativas.
Joinhas:
4
Por:
@eduardomontarroyos