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Crítica:

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Mickey 17 (Por Eduardo Montarroyos)

Bong Joon-ho está de volta! Fazendo o que ele faz de melhor: Crítica Social. Depois de cravar vários Oscars com “Parasita” o diretor está de volta nesta superprodução que já vinha sendo bastante esperada, nos dando um tremendo susto com seu adiamento, pelo menos foi bem curto, o filme foi adiado de janeiro para março deste ano. É uma pena que está belíssima crítica mais vez se mostre tão poderosa contra o capitalismo e todos os seus frutos. Entretanto, tal premissa não me deixa surpreso vindo de quem veio. Depois de “Okja” (Netflix) já ficou bem claro que Bong Joon-ho adora evocar suas visões políticas em suas tramas.

Baseado no livro de Edward Ashton, Mickey 17 é uma intrigante ficção científica que acompanha Mickey Barnes (Robert Pattinson), um homem consumível enviado em uma missão suicida para colonizar o planeta gelado de Niflheim. Como parte de um grupo descartável, cada integrante é designado a tarefas perigosas, e quando morre, suas memórias são transferidas para um novo corpo, um clone que continua a missão sem interrupções. Após seis mortes, Mickey começa a perceber que sua existência não é tão simples quanto parece. Confrontado com os segredos sombrios por trás de sua repetitiva jornada, ele se vê diante de escolhas que podem abalar a ordem estabelecida e alterar o destino da missão. Uma história de sobrevivência, identidade e revolução no coração de um mundo alienígena.

Temos um “Mark Ruffalo” que é nitidamente a mistura de “Donald Trump” e “Elon Musk”, ou pelo menos o que a maioria dos artistas querem que nós pensemos deles, um personagem bastante caricato e nitidamente o grande vilão da trama, só pensa em seus próprios interesses. “Ruffalo” ainda critica a igreja ao se mostrar um líder religioso sem nenhum exemplo positivo. De fato, Joon-ho preocupa-se em criticar o lado ruim e sensacionalista da igreja, nisso podemos concordar. Longe do viés político “Mickey 17” é uma história que diverte, seu tom de comédia é muito bem aplicado. Todos estão muito bem em seus papeis, principalmente ‘Pattinson’ que nos entrega um grande protagonista, repleto de dilemas sobre a sociedade e o quanto o sistema nos torna descartáveis (essa é literalmente a sua profissão).

Numa entrevista sobre as repercussões do filme “Ainda Estou Aqui” o Deputado Federal “Nicolas Ferreira” afirmou: “Só se combate filme com outro filme”, enquanto as grandes mentes de “Hollywood” forem diretores e roteiristas esquerdistas, iremos ver apenas um lado da história, que por sinal, é muito bem contada e tem todo o investimento para tal. “Mickey 17” é uma história de ficção científica com um subtexto meramente político, mas que funciona muito bem dentro da sua proposta.

Joinhas:

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Por:

@eduardomontarroyos

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