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Crítica:
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Gladiador 2 (Por Eduardo Montarroyos)
Agora sim, temos o épico tão aguardado de Ridley Scott! Já para adiantar “Gladiador 2” é mesmo “tudo isso” que estão falando. O longa fornece aquela vontade e orgulho de estarmos na sala de um cinema. Infelizmente isso tem sido raro ao longo dos tempos. Tudo começa com a relevância de existir uma continuação do primeiro filme, um dos maiores clássicos de todos os tempos. Em minha opinião, tanto faz, poderia ter como também não, mas se tivesse, concordávamos que deveria ser épico, é isso que, com alívio e alegria, posso falar de “Gladiador 2”.
Anos após testemunhar a morte do herói Maximus (Russell Crowe) pelas mãos de seu tio (Joaquin Phoenix), Lucius (Paul Mescal) enfrenta um novo desafio: forçado a entrar no Coliseu, ele deve lutar pela sobrevivência e pela honra de Roma. Depois de ter sua casa tomada pelos imperadores tirânicos que governam Roma com punho de ferro, Lucius precisa reencontrar a força e a coragem que o inspiraram na juventude. Admirador da jornada de Maximus, Lucius busca seguir seus passos para restaurar a glória perdida de Roma. Gladiador 2, é uma sequência direta do aclamado filme dirigido por Ridley Scott. Agora, Lucius luta não apenas pela sua vida, mas pelo futuro do império. Com o coração cheio de raiva e o destino de Roma em jogo, ele revisita seu passado em busca da força necessária para devolver ao povo a honra que um dia foi perdida.
Curiosamente, com o mesmo roteirista de “Napoleão” (David Scarpa) que também assina outros trabalhos com Scott, dessa vez parece que os dois aprenderam com os erros de “Napoleão”, principalmente na área da montagem, apesar do filme ser longo (Aprox. 150 min.) a história é tão fluida e repleta de reviravoltas que nem percebemos passar o tempo. Esse é um ponto muito positivo. Algo importante a se destacar é a necessidade dos eventos do primeiro longa, recomendo você assistir novamente o clássico, para lembrar de cada detalhe.
Quando quer, Scott sabe criar climas de tensões em suas tramas, é exatamente esse o trunfo do filme, o final do segundo ato é o ápice da história contada aqui, ele é tão impactante que deixa o terceiro ato bem morno. Eu tenho problemas com o final deste filme, principalmente na última cena, a impressão é de um trabalho apresado para concluir, então é feito um tanto de “qualquer jeito”, parecia que a produção estava “doida” para largar tudo e voltar para casa. Achei apenas o final “preguiçoso”, algo bem diferente do primeiro longa, o primeiro filme tem um dos melhores fechamentos do cinema, falo isso com propriedade.
Entretanto, podemos passar “um grande pano” para isso, pois a história nos prende bastante. A produção é impecável, efeitos especiais e CGI muito bem aplicados e imersivos. Denzel Washington e Pedro Pascal “roubam a cena”, ambos estão muito bem em seus papeis. Os dois, como coadjuvantes, conseguem dar todo o sustento a motivos para o nosso protagonista (Paul Mescal) agir na hora certa. Joseph Quinn brilha mais uma vez com suas expressões marcantes, a cada filme que vejo com ele encontra-se cada vez melhor. Um elenco “invejável”, uma produção “gigante” e uma trama que acompanha todo o pesado investimento, temos todas as características de um filme épico, que obrigatoriamente deve ser contemplado nos cinemas.
Joinhas:
4
Por:
@eduardomontarroyos