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Deadpool e Wolverine
Deadpool e Wolverine É UM LIXO! E ele sabe disso...Imaginem quando as pessoas pegam restos de comida (casca de banana, casca de maça) pedaços que todos acham que não irão prestar para nada. Mas aí vem um “mestre cuca” inovador e transforma esses restos num prato delicioso e inusitado...É exatamente isso que ‘Ryan Reynolds’ e ‘Shawn Levy’ fazem com o terceiro filme do “mercenário tagarela”. ‘Reynolds’ junta tudo o que deu errado na saga “Fox” e nos trás um banquete delicioso de lixo. Transforma o que achávamos que jamais veríamos no cinema num grande evento!
O talento de Reynolds em saber “tratar o lixo” como algo valioso (até porque ele fez isso com o próprio Deadpool) faz com que os diálogos e participações do filme disfarcem o complicado e desconjuntado roteiro que o filme apresenta. Simplesmente não existe sentido em algumas explicações, pela rapidez da história, atrelado a constantes piadas que atrapalham a explicação do enredo. Mas nem ligamos, porque tudo é disfarçado com grande aparições e soluções genéricas. Me senti, literalmente, numa “Comic-Con” onde não entendo muito bem o que está sendo dito, por causa da rapidez dos eventos e do barulho, mas fico encantado com os efeitos, e participações inusitadas.
Aliás, parabéns pela produção, que conseguiu esconder participações muito interessantes e fizeram a nossa experiência ainda melhor. Podemos chamar esse longa do primeiro “bebê da greve”, seu roteiro é pra lá de improvisado em alguns momentos, e isso, com certeza, é resultado dos eventos do ano passado (greve dos roteiristas e dos atores). É como se a história não tivesse sido revisada, e alguns “furos” acabam sendo colocados no trabalho final. A história só consegue ficar agradável por causa da interação icônica entre ‘Reynolds’ e ‘Hugh Jackman’, as cenas de luta são memoráveis.
Sem contar com a grande “playlist” que o filme possui, combinado exatamente com cada luta ou momento importante do filme. A abertura é uma das cenas mais marcantes e inesperadas em todos os filmes de “herói” que já contemplei no cinema. Reynolds quebra a “quarta parede” muito mais neste longa comparados aos dois primeiros trabalhos da saga, e cada quebra é precisa, inusitada e muito divertida. Até a cena pós-crédito torna-se relevante por causa disso. Vale a pena conferir esse filme no cinema, até porque ele foi feito para assistirmos numa sala lotada cheia de fãs de filmes de “Herói”, no melhor estilo “Ultimato” e “Homem-Aranha”. É um grande tributo a tudo o que a “Fox/Marvel” trouxe para nós ao longo dessas décadas, e um grande fechamento dessa saga cheia de altos e baixos, mas que graças a Reynolds, Shawn Levy e Jackman termina da melhor forma possível.
Joinhas:
3
Por:
@eduardomontarroyos