
383

Crítica:
369
0
Anônimo 2
Como definir um filme “clichê”? Um filme que já conta com todos os artifícios de filmes anteriores (geralmente do mesmo gênero), particularmente os que já deram muito certo na indústria como um todo. Não existe nada de inovador, apenas métodos repetidos. Pois bem, “Anônimo 2” é exatamente isso, ele se desapega de qualquer artifício inovador para dar lugar ao mais simples e puro clichê. É claro de quando isso acontece o filme é muito...bom?! Como assim: Bom? O longa é apenas uma “cópia”! Sim é verdade, mas quando essa cópia nos é transmitida da maneira certa, o resultado pode sair bastante promissor.
Em Anônimo 2, o pai de família Hutch Mansell retorna para lidar novamente com seu passado violento quatro anos após os eventos do primeiro filme. Depois de retornar ao trabalho repleto de perigos, socos e pancadas que tinha abandonado para criar e cuidar de sua família, Hutch está cada vez mais distante de sua esposa Becca (Connie Nielsen) e os filhos e sobrecarregado com as novas missões. Para tentar se redimir, o homem decide levar todos numa viagem a um parque de diversões aquático que costumava passar as férias de verão na infância com seu irmão Harry (RZA). Acompanhado de seu pai David (Christopher Lloyd), os cinco chegam na charmosa, pacata e turística cidade de Plummerville, prontos para curtir os dias em família sem distrações de trabalho. Esses planos, porém, saem do eixo quando uma briga inesperada e aparentemente trivial com alguns encrenqueiros locais desencadeia uma série de eventos perigosos.
Temos vários retalhos de situações nos filmes de ação que já deram certo anteriormente, entretanto tais retalhos são executados com tanta maestria que o resultado é o melhor possível. Ainda acho esse longa melhor que o primeiro, porque a impressão que fica é de que eles encontraram o tom certo de lhe dar com essa história. A melhor maneira é não se levar tanto a sério...Já que temos um resultado de cópias promissoras de filmes de ação, tornar a violência um tanto mais “leve” é a melhor opção. Quando o filme aceita a sua “galhofa” tudo flui de forma mais indenitária.
Não podemos deixar de mencionar o grande ‘Bob Odenkirk’, um dos atores mais bem avaliados de Hollywood nos últimos tempos. Para quem acompanhou “Breaking Bad” e “Better Call Saul” sabem da grande capacidade artística deste ator em nos mostrar várias camadas nas interpretações. Seja na forma de se expressar ou de esconder alguns dilemas. Suas feições são bem características, não tem como se desapegar de “Saul” com tanta facilidade, mas pelo menos ele tenta. É incrível ver a dedicação de um profissional em trazer excelência em suas atuações mesmo sabendo que o próprio longa não se leva tanto a sério.
Joinhas:
3
Por:
@eduardomontarroyos