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Alien Romulus
Depois a recepção ruim do último filme da franquia: Alien (Covenant), dirigida por Ridley Scott. A FOX (que agora é a Disney) reacende essa chama investindo bastante na nostalgia do primeiro filme: “Alien: O oitavo passageiro”. Só que agora o grande criador vira produtor e sede a cadeira de direção para Fede Alvarez (A Morte de Demônio), um homem de poucos filmes na carreira, mas com trabalhos muito bem aproveitados, principalmente no gênero suspense/terror.
Alien: Romulus é um thriller de ficção científica que retorna às raízes da franquia de sucesso Alien, o 8º Passageiro (1979). Ambientado entre os eventos do filme de 1979 e Aliens, O Resgate (1986), a trama acompanha um grupo de jovens colonizadores espaciais que se aventuram nas profundezas de uma estação espacial abandonada. Lá, eles descobrem uma forma de vida aterrorizante, forçando-os a lutar desesperadamente por sua sobrevivência. O elenco inclui Cailee Spaeny, David Jonsson, Archie Renaux e Isabela Merced. O roteiro é de autoria do próprio Álvarez, baseado nos personagens criados por Dan O'Bannon e Ronald Shusett. Com essa nova abordagem, o filme busca resgatar a atmosfera claustrofóbica e o terror psicológico que consagraram a franquia, prometendo agradar tanto aos fãs antigos quanto aos novos espectadores.
A tentativa em investir em efeitos práticos (mas ainda com bastante CGI) agrada. Apenas existe um “desbalanceamento” na hora de separar os investimentos para os efeitos no filme, enquanto temos “Xenomorfos” de altíssimo nível, outros efeitos deixam a desejar. A história também fica bastante exaustiva entre o seu primeiro e segundo ato. Principalmente quando eles estão explorando a misteriosa nave encontrada (Romulus). A grande inovação de Alvarez é compor cenários reais, e não com “fundos verdes”, só que a grande tentativa de mostrar isso ao explorar massivamente o ambiente gera uma certa monotonia no início da trama.
Entretanto, podemos considerar que esse novo trabalho consegue captar bem a essência da franquia, sendo uma completa continuação do primeiro filme, nitidamente percebemos que tudo é dirigido e orquestrado por um fã da franquia, que entende cada detalhe dela. Existem elementos não apenas do primeiro filme, mas Fede Alvarez retoma com referências ousadas de outros filmes da saga. Digo “ousadas” porque tais referências não são muito aprovadas pelos fãs, entretanto isso é bem explorado nesse filme, principalmente em seu terceiro ato. Temos um ótimo filme de suspense/ação, com poucas falas e muitas sequências e mortes diferentes uma das outras e bem criativas. O longa nos deixa um grande desejo de ver mais desse “universo” e definitivamente consegue salvar essa franquia que eu amo tanto.
Joinhas:
4
Por:
@eduardomontarroyos