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Crítica:

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A Verdadeira Dor

“A verdadeira dor” é um filme simples, no melhor estilo “Meia noite em Paris”, ou seja, um filme que envolve viagens e confrontação com o passado. Esse é um dos maiores clichês de Hollywood, temos muitos bons e maus exemplos sobre esse roteiro dramático. Mas será que “A Verdadeira dor” se enquadra em quê modalidade? Enfim, é um bom ou um exemplo ruim?

Podemos dizer que o longa é uma comédia dramática dirigida e roteirizada pelo indicado ao Oscar Jesse Eisenberg. O longa conta a história de David (Jesse Eisenberg) e Benji (Kieran Culkin), dois primos incompatíveis que embarcam numa viagem à Polônia para visitar o país de origem de sua avó e se conectar com as raízes da família. David é um pai e marido pragmático e reservado, enquanto Benji é um espírito livre, com uma personalidade excêntrica e uma vida boêmia. A dupla acompanha um grupo numa excursão pela memória do Holocausto como homenagem à avó, que morreu tem alguns meses. A dinâmica conflituosa da dupla é, então, colocada à prova durante toda a viagem, assim como a aventura sofre uma reviravolta quando antigas tensões ressurgem, tendo como pano de fundo a história da família.

‘Culkin’ rouba a cena, do início ao fim. Realmente ele merece o Oscar esse ano. Tirando o carisma dele, acho que ninguém conseguiu, de fato, brilhar mais do que ele. ‘Eisenberg’ não sai muito do estilo de personagem que costuma fazer, não considero um papel desafiador. A certeza é tanta, que todos sabiam das chances de Culkin ganhar mais nas premiações, o colocaram como “Ator Coadjuvante” nessa temporada de premiações e isso é uma “trapaça bem bolada”, porque claramente o personagem de Culkin é o total protagonista desse filme. Os únicos que, de fato, mostram alguma relevância no longa é a dupla, os outros não passam de melhor figurantes. Esse é um dos maiores problemas, fornecer noventa minutos de tela para dois personagens só é uma boa ideia quando eles são excepcionais em seus papeis, apenas isso não fará o público dormir. Como apenas um estava se destacando a monotonia toma conta da história, principalmente nos dois primeiros atos do filme.

Isso me faz pensar se realmente precisamos que esses tipos de filmes (de um público bem específico) merecem o nosso dinheiro nos cinemas. Está cada vez mais caro sair de casa para contemplarmos os filmes no cinema. Realmente precisamos de “algo a mais” para nos esforçarmos tanto. “A verdadeira dor” não vale o esforço, as grandes telas que temos em casa já são suficientes para ficarmos emocionados com essa história. Creio que, nos dias de hoje, devemos escolher a dedo os filmes que iremos contemplar na sala de cinema.

Joinhas:

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Por:

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