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A Grande Viagem da Sua Vida
Depois da grande decepção em crítica com o longa: “Amores Materialistas” chega aos cinemas mais uma tentativa de encabeçar um filme de romance. O que tínhamos na época do início dos anos 2000 e também nos anos 90 parece ter desaparecido das “telonas”: Um grande romance, ou uma boa comédia romântica. A tentativa das produtoras mais influentes está em resgatar esse gênero que a cada ano só ganha espaço nos streamings, com pouquíssimos filmes e mais nas séries de tv.
‘A Grande Viagem da Sua Vida’ acompanha a jornada mágica e reveladora de David e Sarah, dois desconhecidos que se esbarram no casamento de um amigo em comum. Ambos solteiros, eles flertam um com o outro na festa e acabam juntos numa viagem comandada pelo GPS do carro antigo de David. Quando a ferramenta deixa a dupla no meio de um lindo campo com apenas uma porta vermelha, eles resolvem atravessá-la e acabam embarcando numa aventura fantástica pelo tempo. Uma trajetória na qual ambos têm a chance de reviver momentos determinantes de suas respectivas vidas passadas. Contemplando o caminho que os levou até o momento presente, David e Sarah estabelecem uma conexão profunda enquanto imaginam novas possibilidades para o futuro.
Já de cara o filme pode chamar a nossa atenção porque o elenco é muito bom, e também premiadíssimo. Margot Robbie e Colin Farrell são um elenco de peso. Além disso, para nos dar um suporte como coadjuvante, não podemos deixar de mencionar Phoebe Waller-Bridge. Entretanto, todo esse elenco é sufocado por um roteiro muito fraco e também uma direção bastante precária. Robbie e Farrell não possuem “química” alguma, eles não convencem como um casal nem a uma criança do jardim de infância. A trama é massiva e forçada, possui um drama ‘pra lá’ de clichê, talvez esse tenha sido o filme que eu tive mais sono em todo o ano numa sala de cinema. De fato, não existiu um ‘teste de química’ antes das filmagens, a escolha foi apenas pelos nomes de peso.
Nenhum dos três atos me deixou satisfeito. Os diálogos são muito superficiais, as escolhas em determinadas situações, e até o desfecho é apenas uma conclusão de um trabalho que (em tudo) parece ter sido feito de forma forçada e apenas para pontuar um tópico agenda do estúdio, onde eles queriam empurrar mais um filme de comédia comum. O filme tem uma superficialidade tão grande que atrapalha até a atuação de ícones do cinema como Farrell e Robbie, isso é quase um crime.
Joinhas:
1
Por:
@eduardomontarroyos